sexta-feira, 29 de julho de 2016

Patriotismo, Liderança e outras coisas

"Tento sobreviver à demência do País e às minhas tristezas pessoais. Felizmente existem livros, amigas e amigos, música, a família, o cão e os gatos. Sou das mais afortunadas. Mas o desrespeito da classe política por todos nós - a coberto de uma suposta acção "patriótica", o que torna tudo ainda mais nojento - a falta de sentido de dever para com o País, a insanidade e falta de vergonha com que nos brindam a cada instante, instigam à revolta. Já não se trata de mim ou dos meus, trata-se do País inteiro. Trata-se de uma questão elementar: quem poderá parar esta gente? Quem, em Portugal e na Europa, onde se juntaram os piores dos maus, será capaz de pensar com clareza, bondade e autoridade? Onde estão os honrados, os nobres de carácter, os verdadeiros líderes ?"

Palavras de Helena Vasconcelos



Encontrei este texto no blogue Mortal e Rosa e o que me faz transcrevê-lo aqui é mesmo a facilidade de dedução de uma resposta para a última pergunta realizada. Mas não me vou distender com palavreado heróico e apelativo relativamente à situação. Podia. Podia começar aqui a vaguear e a falar heroicamente de como fazem falta as pessoas honradas e por aí... mas não, a resposta é simples e é clara:
Essas pessoas honradas, grandes líderes, etc e tal, estão a sofrer exactamente pelos mencionados acima no texto, os "sem vergonha", que possuem a tal falta de sentido de dever para com o país. Portanto, a resposta é fácil. Esses, estão por baixo dos corruptos e dos corrompidos que, com a enorme sede de poder, não vêem mais nada à frente. Tentam rebaixar quem não é como eles, consideram-nos fracos, pequenos, sem interesse. Esses tais "nobres de carácter" são escassos, raros. Misturados com a podridão desta selva imensa parecem pequeninas estrelinhas num universo negro e infeliz. Eles existem e são fortes. Mas é uma questão de maioria ... quando os vemos, não notamos. Quando são notados, brilham.
Se o país pode mudar? ... Pode. Alguma vez mudou?... Não. Vale a pena haver esperança?... Sim! Sem esperança, só há morte e este país precisa é de vida!


Sem comentários: