sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Castanhas e Bugalhos

A paisagem algures pelo parque. É lindo o contraste. 


Os ouriços com as castanhas...


Uma mão cheia de castanhas "apanhadas por aí".
Enquanto apanhava algumas castanhas ia ouvindo os ouriços a cair da árvore. 



Os bugalhos...


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O Ato Nobre

“Um Ato Nobre é uma ação realizada em benefício de terceiros, ausente de qualquer interesse pessoal, refletindo o carácter de quem a pratica ao demonstrar integridade, honra e humanidade.”

Nobre Casa de Cidadania, 2013



O conceito de Ato Nobre é complexo, multidimensional e torna muitas vezes difícil o consenso entre aqueles que o tentam definir. Por esta razão, a Nobre Casa de Cidadania sentiu a necessidade de construir e formalizar este conceito, contando com o contributo dos cidadãos.

Desta forma, na definição de Ato Nobre participaram o Conselho Institucional da Nobre Casa de Cidadania, os colaboradores da Nobre e a comunidade de Facebook Portugal é Nobre, envolvendo cerca de 900 cidadãos nesta reflexão.

Segundo a reflexão do Conselho Institucional, um cidadão tem de demonstrar altruísmo, coragem e desprendimento durante a realização de um Ato Nobre. Neste sentido, para ser considerado um Ato Nobre, o cidadão tem de agir em prol de terceiros e/ou do bem comum, sem qualquer ambição pessoal ou expetativa de retribuição, manifestando coragem na sua ação.

De acordo com a Fundação para a Ciência e Tecnologia, “os atos meritórios são esperados no exercício das funções de cada individuo enquanto cidadão, profissional, familiar e/ou amigo”. Um Ato Nobre é realizado sem qualquer obrigação e é fruto do grau de entrega e de excecionalidade à causa, obra ou ação realizada, podendo no entanto ter sido realizado no âmbito da atividade diária do cidadão.

Um Ato Nobre deve ainda perdurar no tempo e ter um elevado impacto na vida da pessoa beneficiada, sendo que quanto maior for o impacto da ação na vida da pessoa beneficiada, maior é a nobreza do ato.

A realização de um Ato Nobre não está limitada a nenhuma área de atuação, podendo este ser realizado em diversos campos de ação: solidariedade, cuidados de saúde, educação, preservação do ambiente, defesa do património, proteção civil, entre muitas outras.

Qualquer pessoa pode realizar um Ato Nobre independentemente das suas ações passadas, uma vez que, como refere a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, o “ato nobre refere-se ao ato em si mesmo, a um ato concreto, independentemente dos méritos ou deméritos anteriores de quem o pratica”. No mesmo sentido, a Polícia de Segurança Pública (PSP) afirma que “nunca é tarde para mudar e nunca é tarde para fazer a diferença pela positiva”.

A partir dos contributos dos cidadãos[1], foi possível perceber que a realização de um Ato Nobre está também associada a um conjunto de valores.

O altruísmo foi o valor mais utilizado para caracterizar um Ato Nobre, estando presente em cerca de 22% das respostas dadas e referindo-se ao conceito de Ato Nobre como sinónimo de solidariedade, entrega e de ajuda a terceiros.

O carácter surge em cerca de 19,4% das respostas partilhadas, constituindo a segunda característica mais valorizada na definição de um Ato Nobre. Esta característica refere-se ao facto de um Ato Nobre estar relacionado com o carácter do cidadão, ou seja, a realização de um Ato Nobre é o reflexo do carácter de quem o pratica, demonstrando características de personalidade como honestidade, integridade, honra e coragem.



“Ser Nobre é ser humilde, leal, verdadeiro e ter valores e princípios dos quais nunca devemos abdicar seja por que motivo for”

(Testemunho Facebook)



A terceira característica mais referida foi o amor, sendo utilizada em 16,3% das definições apresentadas. Para os colaboradores da Nobre e para a comunidade de Facebook praticar um Ato Nobre significa amar o próximo incondicionalmente, agindo com bondade e compaixão para com todas as pessoas.

Analisando com maior profundidade os contributos partilhados, verifica-se que apesar de as principais características identificadas serem o altruísmo, o carácter e o amor, estas surgem em momentos diferentes da realização de um Ato Nobre. O altruísmo e o carácter observam-se como características que o cidadão apresenta no momento da realização do Ato Nobre, enquanto o amor é o que o motiva para a realização do ato em si.

A humildade e o respeito foram outras duas características bastante referidas, constando em 12,6% e 11,1% dos contributos partilhados, respetivamente. A humildade é identificada como a capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações e agir de forma simples e humilde perante os outros, enquanto o respeito refere-se a tratar todas as pessoas de forma igual, considerando que todas são igualmente importantes.

Encontram-se de seguida dois exemplos que refletem a maioria dos contributos partilhados sobre o que é um Ato Nobre:



“Ser Nobre é ser íntegro! Pensar, sentir e agir de acordo com o código de honra que molda o caracter para o respeito pela vida em todos os seus aspetos”

(Testemunho Facebook)



“Ser Nobre é a excelência em 3 itens: dignidade, grandeza e generosidade”

(Testemunho Facebook)



Por último, mas não menos importante, um Ato Nobre deve servir de exemplo para as gerações atuais e futuras. Como é referido pelo Corpo Nacional de Escutas, o Ato Nobre deve ser seminal, pois “não se esgota em si mesmo, lança sementes, poderá reproduzir-se/frutificar”. Esta ideia é reforçada pela PSP: “um Ato Nobre, prolonga-se no tempo e influencia de forma positiva os que o rodeiam, quanto mais não seja pelo exemplo que constitui”.

Neste sentido, um Ato Nobre em si deve ter a capacidade de sensibilizar os cidadãos para a importância da sua prática e constituir um exemplo que promova a sua realização. Para a Liga de Bombeiros Portugueses “o reconhecimento e divulgação de Atos Nobres podem levar, seguindo uma lógica bola-de-neve, à proliferação de atos deste tipo”.



[1] Os contributos dos cidadãos foram reunidos através da partilha de 589 comentários no Facebook e da participação de 300 colaboradores da Nobre, permitindo compilar 1485 características, utilizadas para definir o que é um Ato Nobre.

Da página da Nobre

domingo, 20 de novembro de 2016

Consciência de si

"A consciência-de-si é em si e para si quando e porque é em si e para si uma outra" 

Hegel 


terça-feira, 1 de novembro de 2016

:)


Cartas de amor a uma amante

O blogue Delito de Opinião é um dos quais tento seguir com alguma assiduidade. Tem temas interessantes e publicações muito bem escritas. A última deixou-me sentida... foi escrita pela Helena Sacadura Cabral e fala sobre as cartas de amor de Mitterrand a Anne Pingeot.
Vale a pena ler. Para quem gosta de histórias de amor ... para ler aqui

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Trocas OLX

Em passeios pela Internet, encontro um anúncio no OLX:

"Troco computador fixo por cabra ou cabrita.
Preço base 1€"


Há alguém aqui que está a iniciar mal a negociação ...

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

O rumo da vida

Se algum dia tiverem dúvidas relativamente ao rumo da vossa vida, lembrem-se:

"Você sabe que está no caminho certo quando perde o interesse de olhar para trás."

Quando nos sentimos totalmente orientados, e sabemos que estamos a ir para onde queremos, perdemos a tendência de querer olhar para trás e pensar em como seria se se tivesse escolhido outro caminho. Por isso, se alguma vez vos passar sequer pela cabeça que não sabem se vão pelo caminho certo, então, é porque, se calhar, esse caminho não é o certo.


Tomara que isto não me faça uma desempregada vitalícia!

(texto humorístico escrito em Janeiro)

Empresa muito conceituada no mercado de trabalho procura engenheiro ou doutor para preencher uma vaga num posto hierarquicamente elevado dentro da empresa

Perfil:

Pro-activo, e que cumpra funções sem reclamações; Perpicaz, sem que tenha qualquer tipo de opiniões; Curioso, sem tentativa de mudança de seja o que for, porque, o que há já está muito bom;
Homem dos 20 aos 30;
Mulher dos 20 aos 25, solteira e disponível emocionalmente (preferencialmente com boa constituição física).

Requisitos:
Licenciatura, Mestrado, Doutoramento, Pós-graduação (ou outra qualquer qualificação acima do 12º ano);
40 anos de experiência profissional na área;
Grande número de estágios voluntários e não remunerados no seu CV;
Elevados conhecimentos de gestão, liderança, motivação, matemática nível XX, cães, gatos, arte abstracta, e do mundo, no geral;
Deve possuir casa na região da oferta, carta de condução, viatura própria, cultivar os seus próprios alimentos e possuir a própria água;
São valorizados conhecimentos pessoais de leitura de mentes e comunicação telepática;
O salário base é de 500€ (de onde serão descontados posteriormente valores de uma pseudo-indemnização, por danos imateriais graves, à empresa);
Oferece-se uma equipa jovem e dinâmica e o reconhecimento do trabalho prestado

Favor contactar por E-mail, telemóvel, WhatsApp, Twitter, Youtube, Messenger, Skype ou enviar por correio em carta registada com aviso de recepção

terça-feira, 27 de setembro de 2016

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Cada qual sabe de si

Das coisas mais duras que alguma vez a vida me ensinou é que cada qual tem os seus problemas. Uns são difíceis, outros não, mas nunca sabemos o que cada está a passar nem os problemas que tem. Quem mais sofre apenas precisa de respeito e compaixão, não de pena.

domingo, 18 de setembro de 2016

O que o seu desktop diz de si


Sei que a revista "Ler" tem uma página dedicada aos vários ambientes de trabalho de alguns escritores convidados, pois recordo-me dela ao passar os olhos por um número já antigo. Não sei se actualmente essa categoria ainda existe. 
Por essa altura, lembrei-me que, se alguém me viesse perguntar o mesmo, e me pedisse para ver o meu Desktop, havia de ser interessante a partilha. Isso, ou se houvesse, num daqueles sites virados para a vida pessoal, uma pergunta deste género, e com aquelas respostas "fixas" de escolha múltipla que nos encaixam numa categoria qualquer. Aí, eu não faria a mínima ideia do que o meu ambiente de trabalho poderia dizer de mim. Talvez me encaixasse na categoria de "Pessoa com bom gosto". 
Acho que a imagem que tenho é muito sensual, elegante e possuidora de alguma beleza. Além de que, gosto particularmente da obscuridade que a imagem provoca, é por isso que já a mantenho há meses. 
Assim, pela partilha, cada qual que tire as suas próprias conclusões, mas eu cá, se escrever fosse a minha profissão, diria que esta é a minha fonte principal de inspiração (e não, não sou homossexual).

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Canto alentejano (Grupo Os Lagóias)

Estes vídeos pertencem ao grupo coral Os Lagóias (de Portalegre). Partilho-os pelo gosto da música e porque o cante alentejano é, meritoriamente, Património Cultural Imaterial da Humanidade. 

Rosa Branca 


Eu subi ao cerro 


Eu sou devedor à terra



Alentejo, Alentejo (Terra sagrada do pão)


(Quando estava pela capital, aconteceu choramingar com saudades do "meu" Alentejo, principalmente nos primeiros tempos, que foram mais duros. Mas depois de me lembrar de tudo o que gosto nele - o que inclui este cantar tão típico - e em particular, da minha linda cidade e dos bichinhos, tudo passa.)

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Chicotada psicológica (artigo de opinião sobre 50 Sombras de Grey, revista Ler)

Encontrei este artigo hoje (andei ocupada com cabrinhas, cavalinhos e outros tantos, desde 2012 até agora...) e é, na minha opinião, a melhor crítica sobre o livro As 50 Sombras de Grey, que já li. Partilho aqui um excerto. Caso queiram ler o restante artigo, é favor consultar o número da revista, mencionado em baixo.

"(...)
O que nos leva de volta à qualidade geral da prosa - muito mais suja que o sexo, e tudo menos convencional. Como um Ulisses ao contrário, As Cinquenta Sombras de Grey é um livro que dissolve as categorias da falta de jeito, e serve como compêndio de tudo aquilo que é possível evitar:

a) Repetição. Ao longo de 548 páginas, personagens «murmuram» ou «sussurram» mais de 350 vezes, e «engolem em seco» 28 vezes. Sobrolhos são «franzidos» 78 vezes, testas são «franzidas» 21 vezes, uma sobrancelha é «erguida» ou «arqueada» 45 vezes. Lábios podem «crispar-se» (três vezes), «contrair-se» (seis vezes) ou «comprimir-se numa linha dura» (12 vezes), mas o mais provável é que um deles seja «mordido» (31 vezes).
Quanto aos olhos, embora «pisquem» ou «pestanejem» abundantemente, o mais certo é que alguém os revire (39 vezes).
Mas E. L. James (n. 1963) depressa transcende as limitações da linguagem. Como um Shakespeare da repetição, vai reconfigurando os elementos em novas e acrobáticas formas. De repente é possível «franzir» não apenas o sobrolho, mas «os lábios», «os olhos», ou mesmo o «rosto inteiro»! Há duelos fisionómicos improvisados: «Vi Christian revirar os olhos e arqueei-lhe uma sobrancelha. Ele semicerrou-me os olhos.» O excesso competitivo faz-se notar: Anastasia, joga o seu ás de trunfo quando sorri e morde o lábio inferior ao mesmo tempo.  Grey responde com um ousado «arqueou uma sobrancelha, piscando os olhos», combinação que, de acordo com testes conduzidos diante de um espelho, tem o mérito de evocar plausivelmente os sinais de um acidente vascular cerebral.

b) Surrealismo inadvertido. Além dos orgasmos acima citados, temos também um simultâneo: «Dois orgasmos a desfazerem-se nas costuras, como a centrifugação da máquina de lavar roupa. Uau!» (Nota: este é um de vários momentos em que a batoteira tradução portuguesa disfarçou os disparates do original, optando por uma versão menos ridícula.)

c) Informação supérflua. No prólogo de mais uma cena de cama, somos inflamados de que Grey «tirou cada uma das meias individualmente». Ocorre que ele estava de pé, caso em que só valeria a pena esclarecer o leitor caso ele tirasse aos meias ao mesmo tempo. (Nota: é possível, com algum treino)

d) O erro básico. Um elevador sobe até ao vigésimo andar em «velocidade terminal». Sobe em velocidade terminal.

e) Indecisão metafórica + redundância. Anastasia descreve a sensação de ter Christian Grey na sua sala de estar: «Era como ter uma pantera ou um puma absolutamente imprevisível e predatório na sala de estar.» A vantagem de ter uma comparação perde-se quando é necessário elucidar os termos da figura escolhida. A imagem de um puma (ou, vá lá, de uma pantera) na sala de estar já indica (enfim) que estamos a lidar com o desconforto do imprevisível e do predatório. A não ser que o esclarecimento adicional sirva para distinguir este puma/pantera de todos os outros: os vegetarianos, e apreciadores de uma boa conversa de salão.

f) A ideia simplesmente má. Ao longo de todo o livro, Anastasia personifica o seu «subconsciente» e a sua «deusa interior», duas entidades autónomas que vão dando bitaites no interior da sua cabeça. A «deusa interior» é uma espécie de cheerleader sexual. A função do «subconsciente» (além de mostrar que a autora não sabe o que é o «subconsciente»; o que ela queria dizer era algo como «superego») é admoestar a sua portadora, utilizando os mesmos meios de todos os outros personagens:«o meu subconsciente franziu o sobrolho», «o meu subconsciente revirou os olhos», etc.

g) Personagens com mais discernimento estético do que a autora. A dada altura, já depois de dezenas de sobrolhos franzidos, encontramos isto: «Não franzas o sobrolho - disse ele, em tom ameaçador.»

h) A alusão literária contraproducente. Logo nas primeiras páginas, Anastasia ensaia esta justificação para a sua falta de interesse nos rapazes que a cortejam: «Talvez tivesse gastado demasiado tempo na companhia dos meus heróis românticos da literatura e, em consequência disso, os meus ideais e expectativas fossem descabidamente altos.» Entre os seus livros «românticos» preferidos, são explicitamente mencionados Jane Eyre - em que a principal figura masculina é um cruel e distante tiranete doméstico que enfia a sua ex-mulher num sótão quando ela enlouquece - e Tess d'Ubervilles - em que a principal figura masculina é um psicopata que viola a protagonista. São estas as expectativas «descabidamente altas» que os pretendentes ao romântico coração de Anastasia devem superar.

(...)"

Texto de Rogério Casanova, Revista Ler nº 116, Setembro de 2012

Satus e amor não se complementam


improvisação

As pérolazinhas que eu encontrei na minha conta pessoal do ask:


Qual a tua opinião sobre a subjectividade da relatividade?

Penso que deveria ser abordada de uma forma mais objectiva.


Descreve a tua vida em cinco palavras.

não sei como a descrever


Como imaginas o futuro?

Desfocado


domingo, 21 de agosto de 2016

"Se você quer mesmo escrever, tem que escrever para ser o melhor"


Entrevista com António Lobo Antunes (2009)


Relativamente à profissão de escritor (e eu generalizo: para todas), este senhor disse tudo:

"Se você quer mesmo escrever, tem que escrever para ser o melhor. (...) 
Um escritor não pode estar no alto de um pedestral. A gente não pode amar aquilo que não pode tocar. Tem que estar no meio dos homens, entre eles. Porque só no meio dos homens, entre eles, é que vale a pena viver."

É por estes motivos que há escritores que são considerados medíocres: só se sendo humilde é que se consegue atingir a excelência e há muitos escritores que não o são.
E, pelo que vejo, este senhor já atingiu um patamar de sucesso que actualmente poucos, na mesma situação, igualam.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Para mim, se na vida, uma porta se fechou, então é porque nunca esteve aberta.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Merda de artista (1961) e Respiração de artista (1960) pode ser igual a Ar de Fátima (2016)


"Artist's Shit" de Piero Manzoni
Estilo: Arte Conceptual


Segundo o que se sabe, esta foi uma das principais obras do artista italiano Piero Manzoni, consiste numa série de 90 latas cheias das próprias fezes e rotuladas em italiano, francês, alemão e inglês com o seguinte: "Artist's Shit Contents 30 gr net Freshly preserved Produced and tinned in May 1961".
Também há relatos que o seu conteúdo poderá ser gesso e não fezes, mas sem certezas.
Foram vendidas mais tarde, muito após a morte do artista, por cerca de um milhão de euros.


"Fiato d'artista"

Uma outra das suas obras mais controversas, realizada muito antes, em 1960, foi a intitulada "Artist's Breath" ("Fiato d'artista"). Esta consistiu num balão de ar vermelho, enchido por ele, e preso com uma corda numa tábua de madeira, com uma placa no final a indicar o nome do artista e da obra. Mais tarde, foi vendido em 2007 por cerca de 124 000€.

Essencialmente, Manzoni foi um artista cujo objectivo principal era provocar e romper com os padrões estabelecidos de bom senso e da arte e, pelo que se pode apurar, conseguiu.


Mas agora: "arzinho abençoado" da nossa senhora de Fátima em latinhas, não é? Ena, quanta originalidade!

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Visita ao Museu Gulbenkian (pormenor)



Abafador / Dish Cover "Cloche" (pormenor)
Antoine- Sébastien Durand (1740)
Paris, 1765-66
Prata,  Museu Calouste Gulbenkian 

Gato + Drone = ...

A história começa com "Eu tinha um gato...". Neste caso, o sujeito que o diz é um senhor chamado Bart Jansen que, em 2012, teve a inovadora ideia de taxidermizar o seu falecido gatinho Orville, juntá-lo a um drone e chamar ao produto resultante "OrvilleCopter".
A notícia integral encontra-se espalhada pela Internet.
Desde 2012 que existem vários artigos e reportagens sobre o fenómeno - a meu ver, escusadas, pois estão a dar brilhantismo a uma coisa que nem o merecia, mas já se sabe que tudo o que é bizarro chama a atenção - e parece que este senhor ainda anseia por retornar a realizar a proeza, desta vez, com uma vaca.



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Corrector


Odeio o corrector ortográfico automático do meu telemóvel. É extremamente desconcertante ficar irritada, escrever "porra"* e a minha irritação abrandar durante o tempo em que me vejo obrigada a apagar o "t" e substituí-lo por um "r".
Porta, bolas!


*Que até nem é, diga-se de passagem, um palavrão por aí além. Pelo Alentejo costuma-se dizer que "porra é massa frita", mas não sei de onde vem o significado disto...




Mais do mesmo pela Internet... 



























quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Blooping


Hoje, no programa Queridas Manhãs, o nosso simpático João Paulo Rodrigues teve a amabilidade de afirmar que, relativamente ao passatempo Furo da Sorte, "Curiosamente, todas as pessoas que ganharam, eram pessoas que precisavam mesmo do dinheiro". 
Pois... Não creio que senhores que não precisem, como o Ricardo Salgado e afins, se vão dar ao trabalho de participar num passatempo para ganhar (com possibilidades remotas) cerca de 1000€, onde só têm que gastar 0,74€. 
Oportunidades para ganhar dinheiro sem fazer muito, neste caso, onde só é preciso uma chamada, não é apelativo para pessoas que estejam numa situação confortável financeiramente.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Sabe-se que é amor, quando se faz 200 km a pé

Hoje, durante a hora do lanche, cá por casa, estavam a ver na tv o programa do Rodrigo Faro. Neste episódio, um senhor (não me recordo o nome) tinha ido lá para voltar a conquistar a sua amada Sheila que, segundo o pouco que - não me esforçando por perceber, me enfiaram pelos olhos e ouvidos dentro - ele expulsou de casa, há alguns anos, mais as duas filhas. Depois, segundo o que percebi, ele arrependeu-se e andou a pé 200 Km para voltar a falar com ela e chegou inclusive a dormir na rua durante a viagem.
No estúdio, estava este senhor com o Rodrigo, supostamente a cheirar objectos que lhe faziam lembrar a mulher e as filhas (sim, cheirar) e aparecia numa tv um repórter a falar com a suposta Sheila. Ele pergunta-lhe:
- O que me diz de ele [o ex-marido] ter andado 200 km a pé só para fazerem as pazes?
Respondo eu, alto:
- Que tem boas pernas para andar. [riso maléfico]
Claro que mais ninguém se riu, só eu...
E é por estas coisas que ninguém gosta de mim.
Bolas.

domingo, 31 de julho de 2016

É-se naturalmente elegante ...

"Alguém elegante não se imita – porque não basta ter, tem que ser. Ser educado, ser reservado, ser generoso, ser simples, ser distinto. E ser é algo difícil de conseguir: faz parte de um refinamento adquirido ao longo de anos, e que se entranha na pele, tornando-se tão natural quanto respirar. Ser é uma caraterística que pertence à alma e não ao dinheiro.
Atualmente as pessoas definem-se cada vez mais pelo dinheiro: há os que têm e os que não têm. Esta é uma forma simplista de classificar o mundo pelos padrões de consumo e riqueza. Simplista e, paradoxalmente, pobre.
O que nos define é a forma como tratamos os outros, porque isso diz tudo de nós. Não é o que temos, mas o que sai de nós que revela quem somos."


da coluna Chique é tratar bem os outros, num site com literatura de fim de semana, mas neste caso, com aspectos relativamente interessantes.

O único comentário que me ocorre é relativo ao segundo parágrafo. Eu também tenho uma forma de classificar o mundo bastante simplista e, paradoxalmente, pobre. Resume-se a dois aspectos, colocados por ordem de importância: inteligência e carácter. Porque na falta do segundo, com a primeira, predomina (quase) sempre o bom senso. Cada um é como cada qual.

sábado, 30 de julho de 2016

A arte de "piropar"



Folgo em saber que, com aquela legislação que proíbe os piropos, os cavalheiros que, pelo nosso país se encontram, acabam por ser já mais contidos nas abordagens e talvez até mais humorísticos. Já não tão vulgares.
Durante um passeio pela tarde, o ano passado, algures no Outono, levava eu uma capa vermelha elegante, mas que, apesar disto, fazia muito lembrar a capa do capuchinho vermelho. De repente, o carro que passa na estrada abranda, ao pé do semáforo (só lá estava eu), e um dos rapazes do carro, o condutor, grita-me: "Olá, olha, este é o João* (o amigo que ia no lugar do pendura) e ele pergunta se pode ser o teu lobo mau." Timidez clara da parte do João, que se encolheu todo no banco (ai, ai!), mas não deixou de ser uma abordagem engraçada e interessante.
Podem continuar assim que as meninas agradecem.

* Chamemos-lhe João







O caminho directo para o sucesso, segundo Rivera

"Como escreve Lauren A. Rivera, Professora de Gestão na Kellogg School of Management, num livro publicado recentemente, adequadamente intitulado Pedigree: How Elite Students Get Elite Jobs, o caminho mais directo para o sucesso é o seguinte: nascer, no mínimo, numa classe média alta; ser filho de pais endinheirados; saber que ambientes académicos devem frequentar desde os últimos tempos da educação secundária – conhecimento esse adquirido a partir dos seus progenitores “bem-educados” e de conselheiros académicos com pouco que fazer; envolver-se, precocemente, em desportos competitivos da preferência das elites, como o lacrosse, o ténis, a vela, o ski ou o golfe – basquetebol nem pensar – e, por fim, preparar-se bem o suficiente para entrar numa universidade de elite. Na altura de se procurar o “bom emprego”, o candidato deve igualmente saber na ponta da língua não o que aprendeu nos bancos das prestigiadas e caríssimas universidades que frequentou, mas as boas regras de etiqueta dos ambientes de elite."

Educação, pedigree e a perpetuação das elites, reportagem no site VER




Elitismo recto

Quino

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A vontade provocada pelo corpo escultural de uma mulher

Quino





Depois de te amar tão loucamente

Depois de te amar tão loucamente,
depois dessa paixão que me abrasou,
depois dessa tesão omnipotente
que os ossos do bom senso devorou,

achei-me um dia só, subitamente,
perguntando-me – agora onde é que vou
sem ninguém a quem amar intensamente,
sem ninguém a quem me dar tal como sou?

E a resposta não veio. Fiquei sozinho
afogando-me em desespero e vinho,
em tristes píveas, em anti-depressivos

e de ti, que hoje és apenas história,
guardo somente a saudosa memória
num pintelho entalado entre os incisivos.

Francisco Correia Pina


                                             (...Soberbo! Soberbo!)

Patriotismo, Liderança e outras coisas

"Tento sobreviver à demência do País e às minhas tristezas pessoais. Felizmente existem livros, amigas e amigos, música, a família, o cão e os gatos. Sou das mais afortunadas. Mas o desrespeito da classe política por todos nós - a coberto de uma suposta acção "patriótica", o que torna tudo ainda mais nojento - a falta de sentido de dever para com o País, a insanidade e falta de vergonha com que nos brindam a cada instante, instigam à revolta. Já não se trata de mim ou dos meus, trata-se do País inteiro. Trata-se de uma questão elementar: quem poderá parar esta gente? Quem, em Portugal e na Europa, onde se juntaram os piores dos maus, será capaz de pensar com clareza, bondade e autoridade? Onde estão os honrados, os nobres de carácter, os verdadeiros líderes ?"

Palavras de Helena Vasconcelos



Encontrei este texto no blogue Mortal e Rosa e o que me faz transcrevê-lo aqui é mesmo a facilidade de dedução de uma resposta para a última pergunta realizada. Mas não me vou distender com palavreado heróico e apelativo relativamente à situação. Podia. Podia começar aqui a vaguear e a falar heroicamente de como fazem falta as pessoas honradas e por aí... mas não, a resposta é simples e é clara:
Essas pessoas honradas, grandes líderes, etc e tal, estão a sofrer exactamente pelos mencionados acima no texto, os "sem vergonha", que possuem a tal falta de sentido de dever para com o país. Portanto, a resposta é fácil. Esses, estão por baixo dos corruptos e dos corrompidos que, com a enorme sede de poder, não vêem mais nada à frente. Tentam rebaixar quem não é como eles, consideram-nos fracos, pequenos, sem interesse. Esses tais "nobres de carácter" são escassos, raros. Misturados com a podridão desta selva imensa parecem pequeninas estrelinhas num universo negro e infeliz. Eles existem e são fortes. Mas é uma questão de maioria ... quando os vemos, não notamos. Quando são notados, brilham.
Se o país pode mudar? ... Pode. Alguma vez mudou?... Não. Vale a pena haver esperança?... Sim! Sem esperança, só há morte e este país precisa é de vida!


Ser desobediente inteligentemente


"É que, em última análise, a desobediência inteligente não diz respeito apenas a proteger-se a si mesmo, mas a proteger toda a equipa."

site da Ver, artigo: "Desobediência Inteligente".


Não é novidade para ninguém que a sociedade é constituída por "ovelhinhas" bem comportadas que fazem tudo aquilo que lhes mandam. O grande problema é esta falta de sentido crítico de muitas pessoas da sociedade. Desobediência têm muita, sentido crítico têm pouco.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Visita por Portalegre - Mosteiro S. Bernardo

Hoje faço uma pausa na escrita criativa para partilhar algumas fotografias interessantes da minha cidade. A publicação vai ser longa, mas vale a pena.

O local é interessante e quero dar alguma utilidade às fotografias que tenho no disco. É a minha cidade natal e, como não tenciono seguir, de forma nenhuma, a carreira de historiadora de arte (é apenas um hobbie), ou algo que se pareça, não tenho ideias de as utilizar alguma vez.
As fotografias sem fonte são todas de minha autoria, do ano de 2012. Não haverá problemas que sejam utilizadas (algum dia, quem, por pesquisa sobre o convento, vier cair ao blogue).


O Convento ou Mosteiro de S. Bernardo também é conhecido pelo Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição de Monjas da Ordem de Cister. Foi fundado em 1518 por D. Jorge de Melo. Actualmente está lá instalada a Escola Prática da Guarda Nacional Republicana, escola conhecida pelo país, e é lá, todos os anos, que se realiza a Feira da Doçaria Conventual.


(Fonte: wikipédia)

Era aqui que ficavam as "donzelas sem dote", ou seja, mulheres que não tinham grandes possibilidades económicas. 
Em Portalegre, existiram diversos conventos, sendo uns conhecidos por albergarem senhoras mais "ricas" e outras mais "pobres". Este é o segundo caso.


(Fonte: wikipédia)

As arcadas do mosteiro



Um dos claustros do Convento. Neste caso, penso que seria apenas utilizado por madres superioras, madres e irmãs não sendo permitida a entrada a noviças. Os dois claustros (bem como a igreja) estão classificados como Monumento Nacional desde 1910.  


Interior do sub-coro. O cadeiral é composto por duas séries de cadeiras, sendo visível apenas o pormenor de algumas (onde as monjas se sentavam a rezar ou cantar)




Pormenor e vista geral de uma das portas do convento. Diz-se que quando algumas mulheres tinham filhos que não queriam ou não podiam criar, os colocavam ali para serem aceites pelas monjas. (Tenho que me informar acerca da veracidade desta informação)


Pormenor de um painel de azulejos (azulejaria do século XVIII)


Túmulo de D. Jorge de Melo.
Terá dito Filipe II de Espanha, sobre o mesmo: "Grande gaiola para tão pequeno pássaro". 
Feito totalmente em mármore de Estremoz. Como figuras centrais observa-se o próprio deitado na parte superior do túmulo e as representações de São Joaquim e Santa Ana, ao centro, em cima. 



Nota: Para ser mais prático utilizo, na publicação, alguns termos vulgarmente utilizados em arquitectura.
Para mais informações: aqui


domingo, 24 de julho de 2016

O amor, aquele "raio"

...e que raio de raio que é o raio do amor!
Ah, sentimentozinho malvado!



" (...) Michael Corleone viu-se em pé, com o coração batendo-lhe no peito; sentiu uma pequena tontura. O sangue circulava aceleradamente através do seu corpo, através de todas as suas extremidades e chocava-se nas pontas dos dedos das mãos e dos pés (...) Parecia que o seu próprio corpo tinha saltado para fora dele mesmo. E então ouviu os dois pastores rirem.

- Foi atingido pelo raio, hein? - Perguntou Fabrizzio, batendo-lhe no ombro. (...) Você não pode esconder o raio. Quando ele atinge uma pessoa, toda a gente vê. (...) Era a primeira vez na vida que tal coisa lhe acontecia. Não era nada semelhante às suas paixões de adolescente (...) isto era um desejo esmagador de posse, era uma impressão indelével do rosto da rapariga no seu cérebro e ele sabia que ela lhe perseguiria a memória em cada dia da sua vida se não a possuísse. A sua vida simplificara-se, focalizara-se num ponto, tudo o mais não merecia sequer um momento de atenção. (...) Sentiu aquela falta de ar, aquela invasão do seu corpo por uma coisa que não era somente desejo mas uma posse louca. Compreendeu pela primeira vez o ciúme clássico do homem italiano. Estava naquele momento disposto a matar qualquer pessoa que tocasse naquela rapariga, que tentasse reclamá-la, arrebatar-lha. Queria possui-la tão selvaticamente como um avarento quer possuir moedas de ouro, tão famintamente como um meeiro quer a sua própria terra. Nada iria impedi-lo de ter aquela rapariga, possuí-la, trancá-la numa casa e mantê-la  prisioneira só para ele. Não queria que ninguém a visse sequer. A família compreendeu logo que era um caso clássico do «raio»..."

    Mario Puzo, `O Padrinho´


sábado, 23 de julho de 2016

As pessoas inteligentes fazem coisas estúpidas

"Um estudo, conduzido pela James Madison University e pela Universidade de Toronto, concluiu que quanto maior for o nível de inteligência, maior a probabilidade de dar a resposta errada. 
De acordo com os investigadores, as pessoas mais inteligentes cometem este tipo de erros devido à forma como utilizam a lógica — habituados a ter respostas certas muito rapidamente, são mais enganados por este tipo de armadilhas. Isso explica porque é que muitos alunos das mais prestigiadas universidades dos Estados Unidos falharam nas respostas a estas perguntas."

As 8 características das pessoas mais inteligentes que as levam a falhar:
Excessivamente confiantes;
Pressionam demasiado as pessoas;
Precisam de estar sempre certas;
Falta-lhes inteligência emocional;
Desistem quando falham;
Não são persistentes;
Fazem muitas coisas ao mesmo tempo;
Têm dificuldades em aceitar as opiniões dos outros.

Apesar de saber que eu tenho também inteligência emocional (daí os meus picos de estupidez, por vezes), sinto um ligeiro dejá vu ao ler o artigo.

Ego

Depois de muita ponderação (e troca de ideias) afirmo que, quem tem a plena consciência do seu valor pode dar-se ao luxo de dizer-se livre (dos preconceitos mentais criados pela sociedade).
Não há necessidade de fazer passar uma imagem grandiosa quando há a certeza que não se é pequeno por dentro.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Perfil de um Líder (artigo integral no site VER)

Não há dúvida que é dos melhores artigos que já li sobre o tema, além de que, partilho, na íntegra, da mesma opinião. Quem detém o poder de liderança actualmente já deve ser visto como alguém que consegue extrair o melhor das pessoas e fazê-las trabalhar com motivação e conseguindo obter excelentes resultados.

Para lê-lo na totalidade, carregar aqui.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

A "geração Y"

Nesta reportagem, afirma-se que a geração Y (nascidos entre 1980 e meados de 90), sendo mais desinibida e liberal, não faz tanto sexo quanto a anterior (nascidos 25 anos antes). São postas em aberto várias hipóteses que talvez expliquem o porquê da diminuição do número de parceiros sexuais, incluem motivos financeiros, viver em casa dos pais, falta de emprego por parte dos elementos masculinos, etc.
Em relação a isto creio (e creio, pois é algo que para mim tem mais lógica) que o motivo principal é exactamente a existência de uma mentalidade mais aberta. Numa sociedade em que não há preconceitos com a relação sexual nem a timidez que evite a abordagem de um elemento do sexo oposto, existirá a liberdade para fazer sexo sempre que se entender e quiser, logo, é perfeitamente normal que esta "geração Y" não pense tanto no assunto, da mesma forma que gerações mais antigas o faziam.
Por isso, acho que, apesar de as hipóteses colocadas em causa sejam minimamente prováveis, o verdadeiro motivo é exactamente o tipo de mentalidade em si.


terça-feira, 19 de julho de 2016

No impossível a concorrência é menor

"Eu gosto do impossível, porque lá a concorrência é menor." Walt Disney

Qual é a piada de ir onde toda a gente vai? fazer o que toda a gente faz?
Quando tive que optar por dois temas que me interessavam, no começo da fase final do meu mestrado, ponderando entre um, carregado de informação e em que qualquer tema que escolhesse não iria trazer nada de novo ao mundo (nem encher-me de felicidade - o ponto fulcral) e um outro que adorava e que me iria permitir aprender e descobrir mais, preferi optar pelo segundo. Tive bastantes problemas, principalmente ao nível da escassez de informação, mas não me arrependo. Entre fazer algo que eu amo e ficar feliz e fazer algo somente para agradar aos outros (ainda por cima os outros nunca ficam agradados com nada), sempre optarei pela primeira situação.
Não vale a pena ir a favor da sociedade. Eu não fico feliz por ver a sociedade feliz, mas fico satisfeita quando a sociedade me deixa em paz.

Falta a vírgula

No último jogo em que a selecção nacional de futebol se sagrou campeã da Europa, Éder terá gritado à frente da câmara: "É nossa, ..." exactamente como consta abaixo:


Só que aqui falta a vírgula, para marcar a pausa: "É nossa vírgula car...".

Língua portuguesa é língua portuguesa, com ou sem palavras feias, há que saber utilizar correctamente a pontuação.


quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dança do ventre

Há mulheres que afirmam que não sabem apreciar outras mulheres. 
Eu sou heterossexual assumida e sei apreciar uma mulher bonita. Neste caso, uma dançarina de dança do ventre. Nota-se claramente que domina bem a técnica e exprime, na dança, alguma sensualidade e, um certo quê, de sexualidade. Pena que os anos passem e as mudanças que se fazem nem sempre são para melhor (em resposta a vídeos mais recentes encontrados pela net). Mas partilho dois dos antigos. Dão para apreciar a sua beleza e sensualidade: 



                                          



Maluquices de uma miúda com a mania...

Hoje, enquanto remexia uma papelada antiga minha, pelo quarto, encontrei num papel, no meio de outras coisas escrevinhadas, isto escrito:

"Estou à espera de ser grande, para ver se o que eu penso é verdade. Se não for, mato-me!"

Bem, visto que já nem me lembro do que me estaria a passar pela cabeça nessa altura, acho que ainda vou ficar por cá mais alguns anos.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Música do dia - Falem agora

É o single de apresentação do novo álbum da fadista Fábia Rebordão, que deverá ser lançado no final do ano.
Ouvi-o há dias no Meo Music.
Belíssimo!



Representação mitológica





Terrina com bandeja (vermeil - "prata dourada")
François-Thomas Germain (1748)
Museu Gulbenkian


Partilho pelo pormenor da parte superior de uma terrina: representa um sátiro (se não estou enganada) e uma criança a "brincarem" com um bode. 
É lindíssima a forma de trabalho da prata dourada e, principalmente, são belos e delicados os pormenores aplicados à cena principal.

Uma teoria interessante para ser investigada (bolinha vermelha)



A performance sexual
Título original: Les Performances amoureux
Tradução de Cidália de Brito
Éditions Balland, 1976


"«Beijo-te a cona» está carregado de tanta emoção como o «amo-te»."

Pois, pois está. Acredito que uma frase destas é proveniente de uma grande emoção, nascida no fundo da alma. Lá mesmo do fundo, fundinho... e sou capaz até de chorar, com tanta emoção que me provoca ouvi-la. (Se bem que, infelizmente, a mim nunca ma disseram) Mas, hoje em dia, as pessoas já não estão muito viradas para a emoção.
Não há cá já «amo-te's» sentidos e muito menos «beijo-te o pipi» ditos em tom apaixonado.
São os tempos modernos ...

domingo, 10 de julho de 2016

Quando falo com termos técnicos de produção animal a pessoal das artes

Não escondo de ninguém que a minha "área de actuação", por ser a minha área preferida, a qual escolhi para aprofundar conhecimentos, é zootecnia (arte de criar animais).
Por vezes, durante conversas com pessoal que trabalha no meio cultural, acabo por puxar um pouco estes assuntos mais ligados à minha área. Não muito, claro. Mas acabam por surgir, consoante os contextos. 
Há dias, isso aconteceu. 
Enquanto estava a conversar com duas jovens interessantes e cultas, dei por mim a explicar a diferença entre uma cabra com uma péssima condição corporal e mal estruturada e outra que não o era. Enquanto isto, reparei que, apesar do meu esforço, não me estavam a entender. Claro que aqui, senti-me a falar sozinha, mas lá arranjei uma forma de dar a volta à situação. Optei por criar uma analogia:

"- Ok. Então imaginem assim: há mulheres normais, certo? E há mulheres "boazonas", com tudo no sítio. As primeiras podem ter barriga e boas pernas, podem ser mais baixas, mais altas e com mamas demasiado grandes ou demasiado descaídas, etc., e as outras são mulheres com uma boa constituição que, independentemente de serem altas ou baixas, são bem conformadas e tudo em si é proporcional. Pronto, com as cabras é igual."

Foi positivo o feedback. Fiz-me entender e ainda acharam piada.

"CR7 dos sobreiros"

Agora, na época efusiva do apoio à Selecção Nacional e, onde há bandeiras espalhadas por todo o lado e um espírito cooperativo efémero até ao ganho de uma taça, até a malta das notícias agrárias sabe como cativar o público.
Hoje, enquanto lia as notícias do sector agro-pecuário, no blogue do Diário Agrário, chamou-me a atenção o seguinte título: "Seleção genética nacional para ter o CR7 dos sobreiros".
Isto traduzido por miúdos baseia-se no seguinte: "Investigadores portugueses estão a descodificar o genoma do sobreiro para conseguir assim as melhores árvores e cortiça de qualidade superior". Portanto, o objectivo desta investigação é apurar os sobreiros com os melhores genes e reproduzi-los até se obter o sobreiro com o fenótipo ideal, ou seja, possuidor de uma cortiça de excelente qualidade.
Nada a ver com futebol e "Ronaldinhos" da Madeira. No entanto, o senhor, escritor da notícia, chegando cheio de espírito patriótico e futebolístico ao escritório, quis colocar o espírito todo só no título.
E fez muito bem! Viva Portugal e a selecção nacional genética!

sábado, 9 de julho de 2016

Pela serra ...

As fotografias não são actuais (pois já não há ovelhas a pastar nesta parcela de terreno) mas a beleza dos locais ainda se mantém.


Uma ovelhinha curiosa ...


Particularmente linda, a complementaridade existente entre a vista do rebanho e a vista para a cidade.


Havia poucas para matar a fome... 


Fotografia tirada antes. (Antes ... )


Estas ainda pastam, por vezes, nos arredores da cidade (como foi o caso)


Já mesmo no meio do parque natural. Floridas (ou cruzadas de), se não estou em erro.


Ao longe, uma manada de vacas mansas (carne). 


Barragem da Apartadura (perto de Marvão).


Algumas cabras Murciano-Granadinas, no parque natural da serra de S. Mamede.