O termo "musa" é originário do grego mousa que
significava "canção" ou "poema".
Na mitologia grega, as musas habitavam no tempo de Museion, termo que, mais
tarde, deu origem à palavra “museu” (site Significados.br). As nove musas que
inspiravam as Artes, Ciências, ou Letras eram: Calíope (poesia heróica e
oratória), Clio (história), Euterpe (música), Melpómene (tragédia), Tália
(comédia), Terpsícore (dança), Erato (poesia lírica), Polímnia (elegia) e
Urânia (astronomia).
Segundo o site Significados.br, o termo
musa designa uma "figura feminina, da mitologia grega, fonte
de inspiração nas artes ou ciências". Actualmente, o significado já é mais
abrangente, sendo chamada de musa qualquer figura feminina que desperte o desejo
masculino e que traga inspiração para realização de qualquer tipo de arte
(pintura, escultura, música, escrita, etc).
Em alguns livros biográficos sobre artistas, no geral, percebe-se que a maior parte (se
não mesmo todos eles) tiveram fontes de inspiração humanas, ou seja, musas. Até
mesmo as mulheres das artes e letras tiveram os seus “musos” inspiradores, os
homens que lhes mexiam com o intelecto, a ponto de as provocar inspiração para a escrita ou pintura, ou mesmo surgirem nas suas obras.
Eu acho que esta questão da existência de musas provém da
dualidade de pensamento dos artistas. Todos eles têm um lado mais intelectual
e, um outro, mais emotivo. O lado intelectual é aquele que permite que o
artista saiba dominar bem a técnica e lhe garanta a criação de objectos. O lado emotivo é, geralmente mais
predominante, estimulado por uma fonte de emoção que, muitas vezes, é um “algo”
ou “alguém” que provoca os sentidos do artista a ponto de lhe criar uma enorme
necessidade em exteriorizar o que sente.
Visto que a
principal característica de qualquer artista é exteriorizar aquilo que pensa e
- o mais importante - sente, é imprescindível que se deixe levar pelos
sentimentos e emoções que muitos factores externos (ou internos) lhe provocam.
Quando se está entregue a si próprio, o artista não deve ter medo
de sentir, ao invés de tentar controlar tudo isso para se sentir “encaixado”
num mundo tão padronado e priorizador de regras. Não existem regras numa obra prima.
Quando se tem o dom de conseguir sentir, e consequentemente, criar algo distinto
e original e fazer com que isso transpareça para a música, escrita ou pintura, essa
originalidade ficará lá representada e irá, se bem conseguida, possivelmente,
influenciar outros a fazer o mesmo.
(gravura de Picasso)
E se a inspiração o levar a mais ... Melhor!