Escreve-se sobre tudo e sobre nada (arte, em grande parte) consoante a inspiração (e a vontade)
sexta-feira, 27 de maio de 2016
POEMA QUADRAGÉSIMO SEXTO
"Peço-te. Não pises as violetas
que trago no olhar.
Falemos dos brilhos estilhaçados
desta casa súbita que é o teu corpo
devoluto. A noite devora as palavras possíveis,
o sofrimento que pulsa em tua boca
e torna a minha boca vulnerável.
O amor é um nada que a liberta, uma luz
que desce dos ombros para o ventre
e fecunda as sementes da tua virgindade,
essa que faz agora parte de uma dor quase
amigável, na lividez do tempo,
e que entregas em minhas mãos, beijando-as,
tornando-te parte dos meus versos, da
minha forma mais profunda de gostar
de ti.
Amar-te, é escrever-te.
Amar-te é deixar que me toques até ser teu,
até que te deites no meu corpo e adormeças
inteira dentro de mim.
Peço-te. Não pises as violetas
que trago no olhar. Cheiram a ti. São para ti.
Um "bouquet" de palavras que floriram
neste tempo de amor."
Joaquim Pessoa em Guardar o Fogo (2013)
Etiquetas:
amor,
joaquim pessoa,
paixão,
palavras,
poesia
Alvíssaras!
Tudo o que é velho, gasto, usado ... destoa. Já não é necessário.
Ninguém guarda lixo. Coisas que já não são precisas. Segue-se em frente, vira-se a página.
Com os blogues acontece a mesma coisa.
Esta é uma página nova. Não importa a velha, o que importa é o recomeço e tudo o que se pode fazer com ele.
Num mundo virtual, em que até os blogues já estão a perder a audiência, divirtam-se por cá.
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